sábado, 7 de novembro de 2009

Uma Nova Liberdade & Fernão Capelo Gaivota

Hoje pela manhã ao embarcar para São Paulo para uma série de importantes reuniões em São Paulo, abri a última edição da revista "TAM nas Nuvens" na página do interessante artigo "Uma Nova Liberdade" escrito pelo Roberto Wong. Achei tão interessante que decidi reproduzí-lo aqui para vocês.

"Uma Nova Liberdade

A tradução diferente da palavra "freedom" pode inspirar transformações na vida das pessoas.

A queda do Muro de Berlim não foi ocasionada por nenhuma ordem oficial. Ele foi derrubado pelo desejo intrínseco e cada vez maior de união e, mais importante, pelo desejo de liberdade, que representou o fim de uma era e o começo de uma nova ordem mundial.
Todos nós estamos à procura da nossa "Nova Alemanha", que representa a libertação de um estado de restrição, repressão ou aprisionamento através da quebra de barreiras e de paradigmas. Cada um de nós, de uma forma ou de outra, é "prisioneiro" de algum medo, complexo, relacionamento, emprego, ego, culpa, ignorância ou obsessão.
A partir dessa reflexão, tenho constatado que o ser humano almeja vivenciar o maior, ou talvez o mais nobre sentimento, que um indivíduo pode sentir - o da liberdade. Algumas pessoas discordam, dizendo que o amor é o grande sentimento, o que não contesto. Entretanto, pode-se viver sem amor, ou melhor, sobreviver, e levar a vida adiante. Mas não ter liberdade equivale a morte. Não necessariamente a física, e sim a morte do significado da própria vida.
Refletindo mais profundamente, descobri que a palavra "freedom" não tem uma tradução direta e exata para o português. Traduziram-na como "liberdade", mas liberdade é "liberty" e independência é "independence". Partindo da premissa que "free" significa "de graça", concluí que talvez a melhor forma de transmitir o significado dessa magnífica palavra seja "estado de graça". Maravilhoso, não?
Essa deveria ser a meta de todos nós, mas imagino que poucas pessoas a alcancem.Esse é o estado onde alguém se torna dono ou mestre de sua vida, de seu destino.
Talvez a melhor forma de ilustrar essa condição sublime seja uma águia em pleno voo em um céu de brigadeiro. Neste seu voo esplendoroso, a águia não está livr, uma vez que a está presa à gravidade. Tampouco está independente, pois depende das condições atmosféricas, da claridade e da ausência de outras aves. Mas quando ela pode usufruir desse momento abençoado, ela está no seu estado natural, seu estado de graça. Torna-se mestre do seu momento.

Robert Wong / Revista nas Nuvens"


Lendo este artigo do Robert Wong entendo agora porque o meu livro favorito na adolescência era o "Fernão Capelo Gaivota" do Richard Bach. Muito desta metáfora da liberdade e a águia também encontramos neste livro que sempre foi muito inspirador na minha vida pessoal e profissional. Não podemos estar presos por processos de nossos medos mas devemos inspirar em nossos sonhos e vôos cada vez mais altos, em busca deste estado de graça. Se cair, você estará ciente que tentou e terá novas chances de decolar outros vôos.