terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Sustentabilidade na Automação de Projetos



No dia 04 de Novembro, fui convidado para fazer uma apresentação no Segundo Simpósio de Automação de Projeto e Realidade Virtual realizado pela Unidade de Negócio de Exploração e Produção do Rio de Janeiro da Petrobras. O evento promovido pelo Grupo de Automação de Projeto ENGP/EISA tinha como objetivo promover e abrir um espaço de discussão sobre a importância das tecnologias 3D e ambientes virtuais que permitem uma melhor eficiência nos Projetos das Plataformas de Petróleo bem como sua gestão ao longo do ciclo de vida , conceito mais conhecido como PLM ( Plant Lifecycle Management ).

Normalmente estas apresentações abordam a aplicação da tecnologia A ou B e sua capacidade de englobar de forma total todas as questões ligadas aos desafios de integração de projeto de alta complexidade como as inerentes em uma plataforma de petróleo.

Para evitar esta abordagem tradicional, decidi que a minha apresentação teria uma abordagem mais conceitual e ampla, questionando sobre a principal razão da aplicação de todas as tecnologias nestes projetos, assim o título da minha apresentação foi : Sustentabilidade na Automação de Projeto.

O objetivo era trazer chamar atenção para a relevância pelo qual há um grande esforço na utilização destas tecnologias. E a resposta não é simplesmente (e apenas) uma efetividade nos resultados em termos de tempo de projeto ou redução de custo na fase da Construção e Montagem mas principalmente por propiciar ganhos em todo o processo, incluindo a fase de Operação e Manutenção destas Unidades, ou seja, um utilização efetiva das Informações de Projeto a longo prazo, evitando retrabalhos e tomadas de decisões erradas por falta de informação integrada e atualizada. Uma questão de Sustentabilidade da Informação de Engenharia no mais amplo significado deste conceito.

- É necessário que as tecnologias gerem e gerenciem informações que tenham sustentabilidade ao longo do projeto e posteriormente na fase de Operação e Manutenção, evitando os constantes problemas de migração de dados;
- Que estas Informações possam ser compartilhada de forma mais integrável possível a outros sistemas do ambiente corporativo;
- É necessário que estas tecnologias sejam utilizadas para permitir um estudo efetivo do menor impacto ambiental possível destes empreendimentos;
- Antes da discussão do uso da tecnologia A ou B, que os processos e metodologias de Projeto devem estar bem definidos e sedimentados no dia-a-dia da organização para tornar muito mais efetiva a implementação destas novas ferramentas de Automação de Projeto;
- E finalmente para ser realmente sustentável este processo deve ser feito de modo não exclusivo, ou seja, permitir a integração de outros sistemas usados por integrantes destes projetos através de padrôes abertos e reconhecidos pela comunidade global de Engenharia Industrial.

É interessante constatar que no aspecto global do TIC ( Total Investment Cost ) dos empreendimentos, se for considerado este conceito da Sustentabilidade de Automação de Projeto, haverá a médio e longo prazo melhores resultados quando comparados com aqueles que estão unicamente focam o aspecto da fase de Projeto. Esta visão mais holística permite um melhor resultado de uma forma geral o que é totalmente viável se pensarmos no ciclo de vida destes empreendimentos quando comparados ao tempo de Projeto.